domingo, 23 de dezembro de 2012

Ansiedade que nos tira a paz...



As vezes é pior do que estar presenciando uma final decisiva da seleção brasileira contra uma grande seleção Européia. Aquela agonia de como tudo vai acabar, independente que minutos depois o resultado não vai fazer diferença no meu dia a dia.
Mas pra mim faz! O resultado daquilo que anseio influencia totalmente o rumo do que vivo e estou no momento.A ansiedade me consome, me petrifica, me entorpece e acaba me tirando da razão. Aquilo que anseio passa a tomar uma lugar prioritário pra mim e acabo endeusando tal coisa ou situação.
Maldita coisa que me corrompe e me seduz!
Seja lá o que for que buscamos ou ansiamos, se gera ansiedade significa que estamos num nível de idolatria ao ponto de que nada é mais importante e prioritário no momento do que isso que nos faz sofrer e desejar que logo passe.
Queria que esses dilemas fossem resolvidos dentro de mim.

As vezes me sinto tão perdido e complicado em meus pensamentos que chego pra Deus e digo: Decifra-me!
E sinceramente, não entendo como Ele consegue compreender uma mente tão enrolada quanto os cachos que o meu cabelo já teve. Deve ser por isso que muitas orações pedindo a Deus solução dos meus problemas a minha maneira não são respondidas.
O pior é que não aprendo a lição e volto de novo de joelhos dobrados, mãos juntas e oro calmamente cobrando a Deus uma solução URGENTE  no estilo Gustavo Ferreira Patrício (eu!).
Então eu paro minutos depois, me analiso e tenho vontade de enfiar a cara num buraco de tamanha vergonha de mim mesmo. Como posso querer extrair de Deus a minha vontade? Simples, a minha ansiedade me sufoca querendo que o meu "ídolo" seja venerado e provando que amo mais do que o Deus vivo a quem devo sacrificar todas as coisas!
A solução disso: a morte!
Morte dos meus desejos e vontades. Morte dos sonhos...
Ok, morte é uma palavra dura... vamos pra entrega!
Uma entrega permanente, pela fé, daquilo que mais amo e anseio. Dos meus sonhos e valores. De modo que não tenha que receber algo em troca disso, afinal se eu esperar receber algo não é mais entrega e sim empréstimo. E você acha que o criador e dono de tudo precisa de algum empréstimo?
Na verdade o termo certo não seria entrega e sim devolução.
Quero morrer pra minha ansiedade, porque ela dia a dia me consome e tortura. É difícil, mas não impossível. Acho que o melhor presente que podemos ter e desfrutar é a liberdade, sem cadeias, sem medo e temor de perder ou não ganhar. Porque? Porque tudo foi entregue a Ele.
Deus não sei se to pronto pra entregar novamente meu "Isaque" mas sei que preciso.
Dá uma força aí!


Obs: Na verdade a postura é mais minha do que de Deus, se eu tenho que entregar então Ele não pode me tirar. Oro pra que possamos abrir mão daquilo que nos deixa escravos da ansiedade.

Tamo junto.
Paz

sábado, 1 de dezembro de 2012

A IDENTIDADE DO MEDO!


Sabe do que tenho medo? Medo de não ter sucesso. Medo de não levar pessoas a Cristo, de não ser o suficiente. Tenho medo enorme de fracassar (apesar de isso ser muito comum e possível) em tudo na minha vida. Medo de não ser um bom líder, amigo, irmão, funcionário, ovelha, marido. Não tenho medo de errar, tenho medo de não me arrepender!
Não tenho medo de me decepcionar, mas medo de decepcionar as pessoas. Às vezes, parece que quanto mais eu temo mais as coisas acontecem. Parece que é tá comum isso, decepcionar as pessoas.
Confesso que tenho passado por dias de terror, meus medos se levantaram do túmulo e se materializaram reais na minha frente. Como se gritassem: "Daqui você não passa!" "Você é fraco e não é o suficiente"
Então, confuso... assimilando tudo que é dito, me frustro olhando pras minhas mãos e ao meu redor achando que tudo que é feito não é o suficiente.
Mas então me vem duas escolhas a tomar: desistir ou prosseguir.
Lembro de um dia ter falado com um velho amigo, expondo as coisas que tinham dentro do meu interior. Coisas podres, intenções malignas, planos ruins de se por acaso eu desviasse. Num choque ele pulo pro lado e ficou impressionado em como pode ter tanta coisa ruim dentro de mim. Sorri e disse: Calma. É difícil prosseguir assim,mas uma coisa é certa: eu morro lutando mas eu não cedo.
Não esqueço de temporadas ruins na minha vida, é como se esses temores que me assombram me lembrassem de cada detalhe das coisas que ja passei e fiz. Com a intenção de me fazer regredir.
Dias ruins são tensos, principalmente aqueles dias em que você espera algo acontecer e acontece totalmente o oposto. E parece que a solução é desistir.
Enfim, o medo continua aqui em mim...todos os dias, temendo e errando. Se eu tivesse um nome baseado naquilo que sinto, meu nome seria Filho do Medo. Mas como tá escrito: "O verdadeiro amor lança fora todo o medo" (1 Jo 4:18), meu nome é Filho do Amor. Mas mesmo assim todos os dias tenho que provar que minha identidade mudou, mesmo quando ainda sou aquele ser que temo ser.
E você, qual o seu nome? E em Deus qual a sua identidade?

Fica a dica, fiquem em paz!