quarta-feira, 27 de abril de 2011

História de bússulas...


Vou lhe contar uma história, é real... apesar de ter toda a máscara fictícia. Mas é o que vejo, pura realidade. Que mesmo assim não faz tanta diferencia como queria que fizesse na minha vida.

Em certo país, as pessoas tinham algo em comum e pessoal. Todas as pessoas carregavam consigo uma bússula.

Todos sabemos pra que serve a bússula, algo tão essencialmente útil em certos casos. Porém as bússulas faltava o essencial, a agulha magnética.

As pessoas nem sequer sabiam que existia uma agulha pra isso, por isso cada um seguia a sua própria direção. Tanto em grupos ou individualmente. Pois todos achavam que seguindo tais direções chegariam a lugares que sempre esperavam, apesar da maioria das vezes se sentirem perdidas e cansadas demais a seguir a mesma direção e mudavam a rota sempre que achava necessário. Alguns iam apenas com a massa, olhava pra direção que a maioria seguia e ia junto.

Mas todos diziam que a sua direção era certa, mesmo quando andavam em círculos, paravam em becos, penhascos, pântanos , desertos e lugares que os faziam sentir sozinhos e desorientados!

Mas rumores levantavam de que havia pessoas que possuíam agulhas que apontavam para uma direção única, apenas tinha que atentar pra agulha e seguir a direção que apontava.

Era maginifico, era revolucionário. Todos poderiam seguir a mesma direção e nunca mais se perderem. Mas, isso não agradou a todos pois alguns não se importaram em ter agulhas ou não, outros criaram suas próprias agulhas que não funcionavam e bastava apenas girar o ponteiro e usa-lo como desculpa “pronto, essa é a direção que a minha bussula aponta, vou segui-la!” ou alguns diziam, “siga a sua agulha, aponte pra onde você achar melhor e aproveite o caminho!”. De fato eram teorias que agradavam, do contrario da prática pois muitos seguiam pra lugares longe, distante...lugares as vezes bonitos mas não tinham certeza aonde chegariam pois estavam traçando o seu próprio rumo.

Os que tinham suas agulhas que funcionavam perfeitamente passavam por situações ruins, pois alguns duvidavam se o caminho era certo quando via muitos seguindo o caminho que queriam e os achavam felizes por arriscarem seus próprios caminhos. Outros por descuido acabavam se distanciando da direção certa por paravam de observar pra onde a bússula apontava na hora de fazer escolhas em que rumo seguir, outros quando se perdiam lembravam de olhar pra bússsula e observava que tinha que retornar o longo caminho que seguiram ... triste por que muitos paravam no caminho e seguiam suas direções por si mesmas ou seguiam a massa desorientada.

É uma história real, infelizmente... pois uma coisa tão simples e exata era tão perfeita, mas os homens sempre se perdiam até mesmo com suas agulhas. Mesmo o mais determinado cansava, mas isso não impedia de que olhassem para a direção certa e retornasse o caminho por mais longo que tenha se desviado dele!

Certamente aquela agulha magnética que apontava pra direção única salvou muitas vidas de caminhos ruins, mesmo quando apontava sempre pra seguir em frente em terrenos complicados. Isso nos prova que sempre, sempre a direção apontada é a certa mesmo quando duvidamos pelo caminho que vemos.

A agulha é única, a bússula é pessoal e os caminho são inúmeros. Como todos chegarão ao mesmo lugar se andarem por direções diferentes?

Siga a agulha! Siga o caminho... siga com fé!

terça-feira, 12 de abril de 2011

Dupla face


Existem muitas sensações ruins no decorrer da vida. E uma de fato horrível é se olhar no espelho e sentir decepcionado, frustrado e até mesmo com nojo de si mesmo (a). Quantas vezes nos olhamos e nos perguntamos: quem diabos sou eu agora?

Criamos um tipo de máscara para viver uma vida dupla, um seguindo diretamente os nossos princípios e aquilo que costumamos fazer. E outra vida guiada pelas nossas vontades, desejos ou a risca a todo tipo de vento de “oportunidade” que nos aparece.

Isso, infelizmente, se passa ser natural ou fingimos que é. Mas ninguém pode dizer que dentro de si, sabe que há algo errado... É como tampar um machucado com “Band-aid”, sabe aqueles da cor da pele que dá pra camuflar bem ou até mesmo uns personalizados para parecer algo cool (legal) e tão “modinha”? Mas sempre por detrás disso está a ferida não curada, e se torna o ponto fraco. Pois toda vez que bater lá vai doer...

Quem acha que enganamos? Nossa vida não é um show no qual as pessoas nos assistem. Então estamos representando pra quem? A não ser nós mesmos. Achamos que estamos enganados todo mundo, mas enganamos a nós mesmos. Vivendo um personagem que sempre tem alguém que sabe o que há por detrás da máscara.

Vivi e vivo uma vida tão mascarada que acho que posso enganar representar tão bem com cacos pendurados diante a face. E como sei que sou mais um ator numa grande encenação finjo que não sei de nada, vejo nada e faço nada...

“Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma.”

O único que conhece bem o ator por trás das máscaras é Deus. E por incrível que se pareça nunca o vejo irado, porém como uma posição de quem sabe o que realmente aconteceu dentro de nós.

Lembro-me de um tempo em que eu me sentia mal com algumas coisas que fazia, pensava e até mesmo era... Eu estava tão enjoado disso e não sabia o que fazer, alias não me via em condições em fazer algo a respeito de quem eu era... Nem sei se tinha nome pra isso!

Então eu simplesmente orava, meditava, chorava, gritava desesperadamente por uma mudança dentro de mim que nem sabia como fazer... Num ato de desespero como se minha vida dependesse disso (e não só a minha vida dependia, mas a minha felicidade também). Fazia sozinho, sem ninguém saber... A solidão me era propícia pra lutar contra a minha vontade de não mudar.

E hoje vejo que houve mudanças e muitas! E ainda tem outras e muitas!

De fato não conseguimos mudar, mas não devemos nos conformar... Porque só quem sabe exatamente quem somos por detrás das nossas máscaras é quem pode mudar exatamente o que tem que ser mudado. Não desista, não se conforme! Você não é o único ator (atriz) que acha que representa bem... E no fundo sabe que seu personagem nem é tão legal assim.

Nós somos exatamente o que fomos criados e moldados. E não exatamente o que escolhemos, pois não sabemos escolher bem...

“Pois, no íntimo do meu ser tenho prazer nas coisas de Deus; Mas vejo outro modo de vida atuando nos membros do meu corpo, guerreando contra as coisas da minha mente, tornando-me prisioneiro das minhas vontades e desejos errados que atua em meus membros.

Miserável homem eu que sou! Quem me libertará do corpo sujeito a esta morte?

Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor! De modo que, com a mente, eu próprio sou escravo dos princípios de Deus; mas, com a carne, da vontade de pecar.” (ênfase minha).

Sim, graças a Deus...

*As coisas que escrevi aqui são as que presenciei, vivi e vivo. Vê, não somos tão diferentes assim...

*Dedicados aos “jardineiros” e ao meu “jardim”... (eles sabem de quem estou falando)