quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

As Fábulas de um contador de Estrelas - 2ª Temporada

Seguindo meu caminho... quando me deparei com alguém caido no chão. Uma pessoa desorientada e exausta... de longe aquela silhueta me parecia familiar... e sim era muito familiar!
-Paula!
Ela estava cansada demais, exausta e fora de si... corri imediatamente e a conduzi para um abrigo mais próximo.
Apareceu um homem muito bondoso e generoso que nos abrigou e nos protegeu... decidimos ficar umas semanas para contar por onde andavamos e o que aprendemos...

3 SEMANAS DEPOIS:

Senti um cheiro fresco de terra molhada entrando pela brisa da janela, e um sussurro nos meus ouvidos que suavemente me dizia através daquela brisa: -é hora de irmos!
"Plaft" - olhei pra trás num susto e vi que era Paula colocando sua mochila no chão perto a porta, toda sorridente me disse: - É hora de irmos!
- eu ja ouvi você dizer isso!
- Não, é a primeira vez hoje que to falando com você, alias...bom dia!
- Bom dia, se bem que a brisa da manhã me anunciou que é novos tempo... para onde iremos?
- Não sei... seja aonde for, sei que temos que ir...
- Ok, vou pegar minhas coisas.

Não sei o que passa na nossa mente, mas de alguma forma algo dentro de nós sempre diz que por mais que o lugar onde estamos possa ser bom...ainda não é o fim da viagem.
Agradecemos a doce hospedagem ao Sr. Eloí e sua esposa Graça por nos abrigar e nos tratar como filhos, mesmo quando mereciamos umas surras fomos bom exortados por causa da nossa maneira de pensar e, as vezes, de agir... confesso que as ultimas aventuras nos causaram mais problemas na alma e carater do que no físico!
Seguimos a trilha de pedras na direção de pastos verdes. De longe, ao horizonte, vi que chovia no vale... respirei fundo e fiquei parado olhando na direção do passado.
- sente falta dela né? - perguntou a Paula.
- demais... ainda não entendo, mas acho que no fundo compreendo.
- é uma dura caminhada Gux, e o trilhar dela não é o mesmo que o seu.
- entendo, mas mesmo assim... ah deixa pra lá!
coloquei a mochila nas costas e fomos na direção das colinas... depois de 30 min de caminhada decidi tirar minha duvida.
- Para onde vamos?
- Não sei , de fato eu queria muito saber... mas to me sentindo que não sei aonde ir...
- Que tal ver pra onde o vento sopra?
-Uhum...
Paula fechou os olhos e levantou o rosto a fim de sentir a brisa, como se ela ouvisse sussurrando nos seus ouvidos. Seus cabelos levemente se mexiam como seguindo um ritmo... um sorriso brota nos labios...
-O vento disse pra eu ir para direção das montanhas... alguém me espera lá. Ontem passeando encontrei um papel na fenda de uma rocha com instruções pessoais. Devo ir por esse caminho.
- Ok, estou sentido que devo seguir a trilha, o Sr. Eloí disse que mais adiante tem uma casa com estábulos e o dono iria me fornecer um cavalo para poder seguir.
- Então novamente iremos nos separar?
- Creio que sim, mas sinto que nos veremos em breve.
-É, eu também sinto isso... estou tão empolgada.
- Seja como for, Deus ainda está no controle.
-Graças a Ele!

Nos abraçamos bem forte, mas não choramos... tinhamos certeza que nos veriamos em breve. Ela seguiu seu caminho cantando...
Olhei mais um vez pra trás, respirei fundo :
- Não vou mais olhar atrás, meu passado não importa mais... eu sou livre!
Firmei o próximo passo e não olhei mais para trás...

Cheguei na casa do amigo do Sr. Eloí, bati na porta e não havia ninguém. Ouvi um relincho vindo do estábulo... fui conferir se alguém estava lá.
Havia um belo cavalo, apesar de não entender muito de cavalo, sabia que era de uma raça nobre. E havia um bilhete em uma mesa escrito:
-Sr Eloí me contou de sua aventura e decidi que você merecia seguir com mais segurança, estou lhe dando Persistente, ele é leal e muito eficaz, cuide dele e ele cuidará de você. Boa viagem!
Subi no cavalo, que me aparentou bem manso... e fomos calmamente seguindo o nosso caminho. Bem, pelo menos consegui alguém pra conversar no caminho....

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